sábado, 14 de fevereiro de 2009

Zero grau




Meu coração é um lago gelado.
Mas, dentro dele mora um
vulcão adormecido.


Desconheço a autoria.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Benquerer


Quando você nasceu algo em mim mudou. Lembro perfeitamente, como se hoje fosse, que num determinado dia, ao te olhar descobri que habitava em mim um sentimento de ternura e carinho até então desconhecido.
Eu comecei a me encantar, a gostar de alguém , a gostar de gostar.
Sempre te vi de uma forma diferente. Para mim você nunca foi só mais uma irmã.
Eu te olhava e pensava , poxa ela é minha irmãzinha. Obrigada Senhor por isto !
Na época eu não sabia, mas foi você quem primeiro me ensinou a conjugar o verbo amar. Eu era uma criança apática e solitária ,um ser silencioso. Aliás, como todos em casa éramos. Mas a sua presença proporcionava a mim um certo conforto.
Dia feliz foi quando nossa mãe me disse que eu seria sua madrinha. Era ser mais que irmã, era ser co-responsável por você. Sendo nossa diferença de idade de quase dez anos, assumi isso como uma missão. Levei para minha vida toda essa idéia. E com muita alegria. Nunca me pareceu um peso.
Quando te trouxe para morar em minha companhia, embora ainda fosse jovem para assumir tal responsabilidade, fiz o que me era possível para te ajudar a crescer, a realizar teus sonhos.
Já formada vi você partir para batalhar por emprego, se organizar financeiramente,casar e constituir família. Com uma filhinha linda. Parecia que tudo estava perfeito : realizada na profissão, feliz na vida pessoal. Infelizmente assim não era.
Lamento não ter tido tato para lidar com a situação. Lamento ter me envolvido demais. Ou de menos.
Quanto tempo de convivência perdemos. Será que tudo teria sido diferente ? Nunca saberemos.
Hoje com o seu estado de saúde abalado, dói-me imensamente acompanhar tudo à distância, sem poder te ajudar de uma forma mais efetiva.
Como não posso pedir a Deus para o tempo voltar, só posso rogar a Ele para colocar no teu caminho as pessoas certas para tornar a luta contra essa doença ingrata, eficiente e se possível leve. E que jamais te chame para junto dEle antes de mim ...



" O nosso coração está sempre ligado ao coração de quem queremos bem " Independente de distância. Independente de lugar.
E assim estaremos.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Sertão de Mel


Sertão seco
Ser tão doce
Sertão de morte
Ser tão forte

Sertão de dor
Ser tão boa
Ser tão bela
Ser tão madura

Sertão distante
Sertão cruel
Ser nesse instante
Ser tão Mel

Sertão longe
Ser tão firme
Sertão deprime
Sertão dos monges

Sertão do norte
Da Paraíba
Tua saída
Ser tão de sorte
És sertãozinha
És ser tão minha



Pólen da flor.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

A danada da Cachaça




Eu e uma amiga, lá dos tempos de “Cachaceiras,”nunca recusávamos um convite para tomar umas e outras.Não precisava de nenhum motivo em especial, tudo era pretexto para uma cachaça. Vale salientar que cachaça prá gente, era tudo que continha álcool.
Um dia, numa reunião na casa de amigos ,dessas em que cada um leva uns objetos de mastigar ou líquido etílico, estando ela especialmente triste com o fim de seu último romance, e eu, não lembro bem porque, mas também estava a fim de tomar todas, ficamos realmente ruim das pernas.
Lá pelas 10 da noite, vínhamos nós retornando para casa. A pé. Cidade pequena. Todos se conhecem. Junto, levávamos um grande caldeirão,que continha sobras de algo de que não lembro ,que tínhamos levado como contribuição para acompanhar a bebedeira. Não sei se a gente levava o caldeirão ou se era ele que nos levava. O fato é que ele era o nosso ponto de equilíbrio, pois ora descambava para um lado ora para outro, conforme cambaleávamos. De vez em quando parávamos um pouco para evitar que entornasse.
Quando chegamos no início da rua em que morávamos, caminhamos com especial cuidado, pois não queríamos que a minha mãe, que estava na calçada de casa me esperando, percebesse o nosso estado etílico. Mas, num minuto de descuido, o desequilíbrio se acentuou e ouvimos o tilintar da tampa de alumínio ( não vivíamos ainda a era do plástico ) do caldeirão ecoando pelo chão de cimento. E aí não só a minha mãe percebeu o meu (o nosso ) estado, como todo o pessoal que estava na rua àquela hora. Difícil foi se abaixar para pegar a tampa. Tudo girou. Inclusive o que havia dentro do meu estômago. Eu temia que tudo que havia ingerido nessa noite , se revoltasse lá dentro e saísse pela boca. Que sufoco. Mas conseguimos chegar de pé em casa, sem que a revolta alimentar se confirmasse.
Depois disso,nada mais a fazer senão esperar pelo sermão do qual eu não escaparia.
A meu favor devo dizer, que nessas condições, de passar do limite do razoável, só fiquei um ou duas vezes mais ...

Recife





De encantos mil ,
de belas paisagens,
que o pôr-do-sol realça.


Esta foto é de minha amiga Nanda,
uma maranhense que se encanta e registra ,
por onde passa,as paisagens deslumbrantes
do nosso país.